ALMA DE BBB

ALMA DE BBB

Antes de mais nada, sim, assisti a algumas edições do Big Brother Brasil, embora não seja algo que goste de falar por aí (mas, veja só: estou publicando aqui), nem recomende.

Assisti às primeiras edições por curiosidade – afinal, antes de tornar-se repetitivo e não uniformizarem todos os personagens, o BBB realmente era algo inédito: alguns estranhos confinados em uma casa? O que aconteceria? Nessa época, tudo era novidade: as situações variavam, os chavões não eram chavões (alguém teve de criar o clássico “O Brasil está vendo”) e o apresentador Pedro Bial não era ainda um filósofo tão ruim.
Dito isso, há alguns anos notei um padrão de comportamento entre os participantes do BBB que coincide com o padrão tanto de amigos e conhecidos incrédulos, quanto de irmãos em Cristo. E pior: coincide com certos padrões em minha vida!

 Aquelas pessoas não são meros baladeiros em busca da fama, elas têm desejos, vontades, um coração e uma cosmovisão. Como qualquer pessoa, elas têm pressuposições aprendidas – seja com pais, amigos, na televisão, na cultura, ou mesmo por dedução e indução lógica (tá, talvez eu tenha exagerado). E, por meio de seus atos, discursos e aparência, ela não apenas manifestam, mas propagam suas ideias e atitudes.

Exibicionismo, ou biblicamente falando, falta de modéstia. Não é preciso ligar a televisão para saber que a maioria dos participantes do programa é escolhido não por ter um belo físico, mas por querer muito mostrar esse físico. Assim, a modéstia, característica das cristãs piedosas (1 Tm 2.9) não tem espaço ali. E embora o verso de Paulo trate especificamente de mulheres, os homens também caem no erro da autoexibição. Deus criou o corpo e ele certamente é bom e belo, porém, após a queda ele deve ser exibido a apenas uma pessoa – o cônjuge em um casamento bíblico. Isso não é mero moralismo, mas amor a si e ao próximo.
Desejo pela celebridade. Embora logo associemos a falta de modéstia à nudez ou trajes mínimos, esse não é apenas um problema de corpos, roupas e joias, mas do desejo humano de gloriar-se em si mesmo, de chamar atenção para si, e saber que os outros também estão olhando e admirando². Não foi esse o pecado dos construtores da Torre de Babel? Eles não queriam construir um prédio, queriam construir um nome: “Vinde, tornemos célebre o nosso nome” (Gn 11.4). Sim, eles queriam ser celebridades.

Falta de masculinidade e feminilidade. Ao ler isso, alguns associarão esse item às recentes inovações da Globo em convidar homossexuais, transexuais e travestis para o programa. Embora essa seja uma preocupação, ela é apenas um lado de um problema generalizado: homens que deixaram de ser homens. E isso inclui homens heterossexuais.
Amor ao dinheiro, ou o culto a Mamon. Pelo prêmio do BBB, vale mentir, se exibir, ofender, trapacear e manipular – mas “isso é um jogo”, dizem os participantes. Lembro-me daquela história sobre a proposta que um senhor faz a uma garota: “você dormiria comigo por 1 milhão?”. Ela prontamente responde que sim. Em seguida, o homem apresenta outra proposta: “e por 5 reais?”. Indignada, a moça responde: “Nunca! Quem você pensa que eu sou?”. O senhor prontamente responde: “Isso nós já sabemos. Agora estamos apenas discutindo o preço”.

Quando não procuramos entender e conhecer quem é o Deus Triuno, acabamos sem entender quem somos, o que é certo ou errado, para que fomos criados e quem é realmente o Senhor da História. Não fomos feitos para sermos vistos e glorificados, fomos feitos para contemplar e celebrar o Soberano Rei.

 Fonte:  24/01/2011 > http://ienovaalianca.com.br/

Bem Vindo ao Site